A bexiga neurogênica é a denominação geral dada às disfunções da bexiga que ocorrem em pacientes com doenças ou lesões neurológicas.
A bexiga neurogênica pode ser hipoativa, quando o órgão se torna incapaz de contrair de forma adequada, e é incapaz de esvaziar seu conteúdo normalmente. Pode também ser hiperativa, com contrações involuntárias secundárias a reflexos exagerados nos nervos que controlam a bexiga.
Geralmente, as doenças que envolvem o cérebro e as porções mais altas da medula espinhal provocam bexiga hiperativa; enquanto que as lesões da parte baixa da medula e dos nervos periféricos determinam um quadro de hipoatividade da bexiga.
Os portadores de bexiga neurogênica estão sujeitos a algumas complicações urinárias que incluem infecções, formação de cálculos (pedras) e comprometimento dos rins. As infecções urinárias e a calculose podem decorrer do aumento do volume de urina residual na bexiga e de outras alterações da estrutura vesical secundárias à própria disfunção. O comprometimento da função renal é uma complicação temível com consequências algumas vezes muito graves. A correta avaliação do comportamento vesical desses pacientes permite a identificação daqueles que apresentam maior risco e a introdução de medidas que os protejam dessa evolução.
Os pacientes com diagnóstico de bexiga neurogênica devem ter acompanhamento urológico e realizar exames periódicos que incluem ultrassonografia, culturas urinárias, avaliação da função renal e exame urodinâmico.